sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Considerações finais do Gel

A idéia desta viagem nasceu há muitos anos atrás, porém em junho de 2004 comprei um mapa (do Chardo) da Patagônia e comecei a planejar a viagem,  porém sozinho!
Mas por vários motivos pessoais, profissionais e tantos outros esta viagem foi sendo adiada ano a ano, até que no final de 2010 passei por vários problemas que me fizeram repensar minha vida, e decidi que iria ao Ushuaia e como foi de última hora eu iria sozinho, apesar das objeções da familia, foi quando uma pessoa que trabalha comigo, ou melhor, um amigo que trabalha comigo disse-me, vou com você.
Nao levei a sério pois esta pessoa (HELDER) nunca havia feito uma viagem longa de moto, mas  já haviamos feito uma viagem de férias aos EUA e ele foi muito companheiro, na sequência o Adriano que já havia viajado até o Chile comigo, falou-nos, eu vou também, pronto equipe feita.

A realização foi completa por vários motivos:

- Fiz a viagem com uma Harley Davidson (pilotando e não em uma carreta....)
- Tive a companhia de bons amigos
- Minha esposa e meus dois filhos foram comemorar comigo em Ushuaia.

Durante a viagem encontramos com alemães, franceses, suiços todos  tinham um sorriso, uma alegria, uma sensação de vitoria.

Na volta da viagem, minha chegada foi coroada com um por de sol maravilhoso no meu retrovisor e uma linda lua na minha frente, não me contive e gritei dentro do meu capacete, EU CONSEGUI, ESTE MOMENTO E SÓ MEU E NINGUÉM ME TIRA.

Aos que eu puder ajudar, fica meu e-mail gelcimar.porto@hotmail.com
Até a próxima,
Gel.


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

12/01 - Curitiba à SJK (Adriano)

530 km rodados.

Como rodei 1.047 km no dia anterior e ficou apenas 530 km para o último dia, resovi dormir um pouco mais e descançar bem.

Acordei mais tarde, tomei café no hotel, fechei a conta, dei um trato na corrente da moto, pois peguei chuva dentro de Curitiba ontem e fui abastecer.
Saí do posto exatamente às 9:00 hs.

Minha maior preocupação para esse dia, era a chuva que estava caindo em São Paulo nos últimos dias.
Eu teria a alternativa de não passar em São Paulo e voltar pelo litoral, por exemplo em Miracatu descer para Peruíbe ir até Bertioga e subir a serra Mogi-Bertioga, o problema é que para isso aumentaria o percurso em pelo menos 50 km e o trecho do litoral a viagem não rende, teria que passar por diversos trechos com radares, semáforos e obstáculos.

Entrei em contato com um amigo motoqueiro e ele ficou monitorando para mim o tempo e o transito em São Paulo.
Que estava tranquilo no momento da minha saída de Curitiba.
Quando cheguei em Miracatu, por volta de 11:30 liguei para ele, pois ali era o ponto de decisão do caminho.
Tudo continuava tranquilo em São Paulo.
Então resolvi voltar por São Paulo, peguei um pouco de transito no trecho de Serra antes de São Paulo, quando vira pista única devido a obras na estrada.
Como estava de moto, consegui ir andando entre os carros e caminhões até chegar no ponto que acabava o congestionamento e a partir daí mais nenhum problema, peguei o Rodoanel até a Bandeirantes, Marginal Tietê e passei tranquilo por São Paulo.

Obrigado Roberto !!!!

Parei no posto da Ayrton Sena para comer alguma coisa, pois estava morrendo de fome nessa hora e nem abasteci.
Como estava ansioso pra chegar em casa vim com o cabo torcido nesse último trecho, cheguei em casa com 340 km rodados desde a última abastecida e só o cheiro de gasolina no tanque.

Abraços.

domingo, 16 de janeiro de 2011

16/01 - Pelotas à Santa Cecília (Gel e Helder)

784 km rodados.

Devido ao fato de termos chegado tarde demais ontem, deixamos para esticar a corrente da Falcon do Helder hoje. Então depois de tomarmos um senhor café da manhã (comum nos hotéis do sul do Brasil) fomos colocar a mão na massa, ou melhor, na graxa. Corrente esticada, 08h45 fomos para a estrada.

Hoje o desafio era grande. Tentaríamos chegar a Curitiba, mas só de chegar em Santa Cecília já estaríamos satisfeitos.

Como já saímos meio tarde, a temperatura já estava em 22 graus. Com a moto parada fica quente, mas rodando fica bem agradável. Infelizmente a alegria durou pouco a temperatura foi subindo rapidamente e chegou a bater 35 quando estávamos em Porto Alegre.

Até Porto Alegre a estrada é bem tranquila, então viemos numa tocada forte até Guaíba. O Gel veio abrindo caminho com sua Harley. Mas não se preocupem, sempre obedecendo os limites de velocidade. A partir de Guaíba começamos a sentir bastante o calor e somente quando passávamos pelas serras é que o calor diminuía. Depois de Novo Hamburgo, começam as serras gaúchas, daí a média horária caiu bastante e o Gel já comentou que não daria para chegarmos a Curitiba.

Antes um pouco de Lages começou a chover, colocamos rapidamente as roupas de chuva ( não tão rápido assim, pois é muito difícil colocá-las) e enfrentamos cerca de uma hora de chuva branda.

Passada a chuva, torcemos mais um pouco o cabo do acelerador, pois estávamos com receio de chegarmos ä noite em Sta Cecília. Tudo indicava que conseguiríamos, mas faltando 40 km para chegarmos a Falcon do Helder parou pois a corrente escapou. Pois é, lembra que antes de saírmos de Pelotas esticamos a corrente, então. O Helder não apertou os parafusos direito. (Mas não por culpa dele, estávamos sem ferramentas apropriadas). Mas isso só descobrimos depois. Pois, por sorte isso aconteceu em frente a um posto de combustível, e um dos frentista entendia de moto. Então foi só empurrar a motoca pro posto e o rapaz acertou tudo. Depois de agradecermos e darmos uma gorjeta ao nosso novo amigo voltamos para a estrada.

E a noite foi mas rápida que nós e chegou primeiro. Tudo certo, ela acabou por nos fazer companhia até Santa Cecília, onde chegamos com tranquilidade.

Para amanhã sobraram os últimos 840 km, então teremos de acordar cedo para estarmos tranquilamente em casa para a janta em família.

sábado, 15 de janeiro de 2011

15/01 - Montevideo à Pelotas (Gel e Helder)

625 km rodados

Saímos tarde de Montevideo, por volta das 09h30. Isso porque acordamos e fomos caminhar perto do hotel e aproveitamos para tirar umas fotos.

No Chui, parada obrigatória para compras. Só conseguimos sair de lá, +/- 16h00 depois de almoçarmos, Coca com Ruffles (Gel) e Coca com Biscoito Bono (Helder)

Chegamos em Pelotas por volta das 20h00 e pegamos um hotel bem legal. Para não corrermos qualquer risco não estamos bebendo a água daqui.

Depois acrescentamos mais detalhes.

14/01 - Azul à Montevideo (Gel e Helder)

506 km rodados e mais alguns navegados.

Saímos de Azul e quando estávamos a cerca de 100 km da "La Capital Federal" Buenos Aires, decidimos mudar nosso roteiro e ao invés de fazer o retorno por Santana do Livramento fazer pelo Chui. Assim evitaríamos o calor insuportável que passamos na ida, a possibilidade de encontramos policiais corruptos, da mesma forma que nosso amigo Adriano encontrou , e também a péssima estrada estrada entre Paysandu e Tacuarembo no Uruguay.

Até pegar a expressa para Buenos Aires tudo bem, o problema foi depois para acharmos onde pegava o Buquebus. Por fim a via expressa, que tem 3 praças de pedágio, leva bem perto do Buquebus. Como já era de se esperar ficamos perdidos, mas então aparece uma figura do nada. Um senhor que adora motos, possui 4, que nos viu perdido com as nossas motos, nos perguntou para onde iríamos e disse, então me segue. E como todo e bom argentino de Buenos Aires, disparou pelas ruas, guiando como se tivesse de moto entre os carros e entre uma e outra parada nos semáforos contava sobre suas aventuras com suas motos. Isso é mais um exemplo de como a magia da moto não tem fronteiras.

Depois complementamos com mais informações.

13/01 - San Antonio Oeste à Azul (Gel e Helder)

776 km rodados.

Pouco vento. Muito calor, passamos a usar a calça jeans.

Entramos em dois postos que não tinham combustível e no final das contas para não termos "pane seca" tivemos que enfrentamos fila para abastecer.

Trocamos o óleo e filtro da Falcon numa loja de lubrificacion, onde o pessoal foi muito gente boa. Sequer conheciam a Falcon, o Helder foi explicando o que deviria ser feito e eles iam executando. No final, tudo certo.

O Hotel é bem simples, no banheiro não tem nem box. Quando você toma banho inunda todo o banheiro.

O ponto alto do pernoite da cidade foi o restaurante onde jantamos. Boa comida e decoração com inúmeros objetos antigos.

12/01 - Caleta Olivia à San Antonio Oeste (Gel e Helder)

764 km rodados.

Novamente ventos fortes, até mais forte que ontem, porém por cerca de 1 hora, apenas.

Para se ter uma noção do vento, olha que absurdo. Durante a realização de uma curva para a direita, ao invés de inclinarmos a moto para a direita, fizemos a curva para a direita mas inclinando a moto para a esquerda para mantermos o equilibrio da moto.

Depois de Comodoro Rivadávia os ventos voltaram aos padrões aceitáveis.

O calor só foi aumentando conforme íamos seguindo ao norte da Argentina.

Decidimos ir adiante de Puerto Madryn, já pensando nas compras em Santana do Livramento. Porém o hotelzinho que ficamos em San Antonio é muito ruim. No banheiro o bide fica dentro do box. Coisa medonha!

Não tinha combustível na cidade.

Depois complementamos com mais informações.


Gel lutando com o vento para manter sua Harley em linha reta na estrada

Helder lutando contra o vento de Comodoro Rivadávia

A luta continua