sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Considerações finais do Gel

A idéia desta viagem nasceu há muitos anos atrás, porém em junho de 2004 comprei um mapa (do Chardo) da Patagônia e comecei a planejar a viagem,  porém sozinho!
Mas por vários motivos pessoais, profissionais e tantos outros esta viagem foi sendo adiada ano a ano, até que no final de 2010 passei por vários problemas que me fizeram repensar minha vida, e decidi que iria ao Ushuaia e como foi de última hora eu iria sozinho, apesar das objeções da familia, foi quando uma pessoa que trabalha comigo, ou melhor, um amigo que trabalha comigo disse-me, vou com você.
Nao levei a sério pois esta pessoa (HELDER) nunca havia feito uma viagem longa de moto, mas  já haviamos feito uma viagem de férias aos EUA e ele foi muito companheiro, na sequência o Adriano que já havia viajado até o Chile comigo, falou-nos, eu vou também, pronto equipe feita.

A realização foi completa por vários motivos:

- Fiz a viagem com uma Harley Davidson (pilotando e não em uma carreta....)
- Tive a companhia de bons amigos
- Minha esposa e meus dois filhos foram comemorar comigo em Ushuaia.

Durante a viagem encontramos com alemães, franceses, suiços todos  tinham um sorriso, uma alegria, uma sensação de vitoria.

Na volta da viagem, minha chegada foi coroada com um por de sol maravilhoso no meu retrovisor e uma linda lua na minha frente, não me contive e gritei dentro do meu capacete, EU CONSEGUI, ESTE MOMENTO E SÓ MEU E NINGUÉM ME TIRA.

Aos que eu puder ajudar, fica meu e-mail gelcimar.porto@hotmail.com
Até a próxima,
Gel.


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

12/01 - Curitiba à SJK (Adriano)

530 km rodados.

Como rodei 1.047 km no dia anterior e ficou apenas 530 km para o último dia, resovi dormir um pouco mais e descançar bem.

Acordei mais tarde, tomei café no hotel, fechei a conta, dei um trato na corrente da moto, pois peguei chuva dentro de Curitiba ontem e fui abastecer.
Saí do posto exatamente às 9:00 hs.

Minha maior preocupação para esse dia, era a chuva que estava caindo em São Paulo nos últimos dias.
Eu teria a alternativa de não passar em São Paulo e voltar pelo litoral, por exemplo em Miracatu descer para Peruíbe ir até Bertioga e subir a serra Mogi-Bertioga, o problema é que para isso aumentaria o percurso em pelo menos 50 km e o trecho do litoral a viagem não rende, teria que passar por diversos trechos com radares, semáforos e obstáculos.

Entrei em contato com um amigo motoqueiro e ele ficou monitorando para mim o tempo e o transito em São Paulo.
Que estava tranquilo no momento da minha saída de Curitiba.
Quando cheguei em Miracatu, por volta de 11:30 liguei para ele, pois ali era o ponto de decisão do caminho.
Tudo continuava tranquilo em São Paulo.
Então resolvi voltar por São Paulo, peguei um pouco de transito no trecho de Serra antes de São Paulo, quando vira pista única devido a obras na estrada.
Como estava de moto, consegui ir andando entre os carros e caminhões até chegar no ponto que acabava o congestionamento e a partir daí mais nenhum problema, peguei o Rodoanel até a Bandeirantes, Marginal Tietê e passei tranquilo por São Paulo.

Obrigado Roberto !!!!

Parei no posto da Ayrton Sena para comer alguma coisa, pois estava morrendo de fome nessa hora e nem abasteci.
Como estava ansioso pra chegar em casa vim com o cabo torcido nesse último trecho, cheguei em casa com 340 km rodados desde a última abastecida e só o cheiro de gasolina no tanque.

Abraços.

domingo, 16 de janeiro de 2011

16/01 - Pelotas à Santa Cecília (Gel e Helder)

784 km rodados.

Devido ao fato de termos chegado tarde demais ontem, deixamos para esticar a corrente da Falcon do Helder hoje. Então depois de tomarmos um senhor café da manhã (comum nos hotéis do sul do Brasil) fomos colocar a mão na massa, ou melhor, na graxa. Corrente esticada, 08h45 fomos para a estrada.

Hoje o desafio era grande. Tentaríamos chegar a Curitiba, mas só de chegar em Santa Cecília já estaríamos satisfeitos.

Como já saímos meio tarde, a temperatura já estava em 22 graus. Com a moto parada fica quente, mas rodando fica bem agradável. Infelizmente a alegria durou pouco a temperatura foi subindo rapidamente e chegou a bater 35 quando estávamos em Porto Alegre.

Até Porto Alegre a estrada é bem tranquila, então viemos numa tocada forte até Guaíba. O Gel veio abrindo caminho com sua Harley. Mas não se preocupem, sempre obedecendo os limites de velocidade. A partir de Guaíba começamos a sentir bastante o calor e somente quando passávamos pelas serras é que o calor diminuía. Depois de Novo Hamburgo, começam as serras gaúchas, daí a média horária caiu bastante e o Gel já comentou que não daria para chegarmos a Curitiba.

Antes um pouco de Lages começou a chover, colocamos rapidamente as roupas de chuva ( não tão rápido assim, pois é muito difícil colocá-las) e enfrentamos cerca de uma hora de chuva branda.

Passada a chuva, torcemos mais um pouco o cabo do acelerador, pois estávamos com receio de chegarmos ä noite em Sta Cecília. Tudo indicava que conseguiríamos, mas faltando 40 km para chegarmos a Falcon do Helder parou pois a corrente escapou. Pois é, lembra que antes de saírmos de Pelotas esticamos a corrente, então. O Helder não apertou os parafusos direito. (Mas não por culpa dele, estávamos sem ferramentas apropriadas). Mas isso só descobrimos depois. Pois, por sorte isso aconteceu em frente a um posto de combustível, e um dos frentista entendia de moto. Então foi só empurrar a motoca pro posto e o rapaz acertou tudo. Depois de agradecermos e darmos uma gorjeta ao nosso novo amigo voltamos para a estrada.

E a noite foi mas rápida que nós e chegou primeiro. Tudo certo, ela acabou por nos fazer companhia até Santa Cecília, onde chegamos com tranquilidade.

Para amanhã sobraram os últimos 840 km, então teremos de acordar cedo para estarmos tranquilamente em casa para a janta em família.

sábado, 15 de janeiro de 2011

15/01 - Montevideo à Pelotas (Gel e Helder)

625 km rodados

Saímos tarde de Montevideo, por volta das 09h30. Isso porque acordamos e fomos caminhar perto do hotel e aproveitamos para tirar umas fotos.

No Chui, parada obrigatória para compras. Só conseguimos sair de lá, +/- 16h00 depois de almoçarmos, Coca com Ruffles (Gel) e Coca com Biscoito Bono (Helder)

Chegamos em Pelotas por volta das 20h00 e pegamos um hotel bem legal. Para não corrermos qualquer risco não estamos bebendo a água daqui.

Depois acrescentamos mais detalhes.

14/01 - Azul à Montevideo (Gel e Helder)

506 km rodados e mais alguns navegados.

Saímos de Azul e quando estávamos a cerca de 100 km da "La Capital Federal" Buenos Aires, decidimos mudar nosso roteiro e ao invés de fazer o retorno por Santana do Livramento fazer pelo Chui. Assim evitaríamos o calor insuportável que passamos na ida, a possibilidade de encontramos policiais corruptos, da mesma forma que nosso amigo Adriano encontrou , e também a péssima estrada estrada entre Paysandu e Tacuarembo no Uruguay.

Até pegar a expressa para Buenos Aires tudo bem, o problema foi depois para acharmos onde pegava o Buquebus. Por fim a via expressa, que tem 3 praças de pedágio, leva bem perto do Buquebus. Como já era de se esperar ficamos perdidos, mas então aparece uma figura do nada. Um senhor que adora motos, possui 4, que nos viu perdido com as nossas motos, nos perguntou para onde iríamos e disse, então me segue. E como todo e bom argentino de Buenos Aires, disparou pelas ruas, guiando como se tivesse de moto entre os carros e entre uma e outra parada nos semáforos contava sobre suas aventuras com suas motos. Isso é mais um exemplo de como a magia da moto não tem fronteiras.

Depois complementamos com mais informações.

13/01 - San Antonio Oeste à Azul (Gel e Helder)

776 km rodados.

Pouco vento. Muito calor, passamos a usar a calça jeans.

Entramos em dois postos que não tinham combustível e no final das contas para não termos "pane seca" tivemos que enfrentamos fila para abastecer.

Trocamos o óleo e filtro da Falcon numa loja de lubrificacion, onde o pessoal foi muito gente boa. Sequer conheciam a Falcon, o Helder foi explicando o que deviria ser feito e eles iam executando. No final, tudo certo.

O Hotel é bem simples, no banheiro não tem nem box. Quando você toma banho inunda todo o banheiro.

O ponto alto do pernoite da cidade foi o restaurante onde jantamos. Boa comida e decoração com inúmeros objetos antigos.

12/01 - Caleta Olivia à San Antonio Oeste (Gel e Helder)

764 km rodados.

Novamente ventos fortes, até mais forte que ontem, porém por cerca de 1 hora, apenas.

Para se ter uma noção do vento, olha que absurdo. Durante a realização de uma curva para a direita, ao invés de inclinarmos a moto para a direita, fizemos a curva para a direita mas inclinando a moto para a esquerda para mantermos o equilibrio da moto.

Depois de Comodoro Rivadávia os ventos voltaram aos padrões aceitáveis.

O calor só foi aumentando conforme íamos seguindo ao norte da Argentina.

Decidimos ir adiante de Puerto Madryn, já pensando nas compras em Santana do Livramento. Porém o hotelzinho que ficamos em San Antonio é muito ruim. No banheiro o bide fica dentro do box. Coisa medonha!

Não tinha combustível na cidade.

Depois complementamos com mais informações.


Gel lutando com o vento para manter sua Harley em linha reta na estrada

Helder lutando contra o vento de Comodoro Rivadávia

A luta continua

11/01 - El Calafate à Caleta Olivia (Gel e Helder)

899 km rodados.

Acordamos bem cedo, saímos às 7h30 de El Calafate, o termômetro marcava 8 graus, logo em seguido chegou a bater 6 graus, porém a sensação térmica certamente estava em torno de 0 grau. No final do dia quando chegamos a Caleta Olívia, o que aconteceu às 20h00, a temperatura era de 22 graus.

Nesse dia já sabíamos que enfrentaríamos problema com a autonomia das motos, pois existe um trecho de 320 km sem posto de combustível. Esse trecho é entre El Esperanza e Piedra Buena. Então Gel e Helder já saíram de El Calafate carregando 3 e 2 litros, respectivamente, a mais de combustível, devidamente armazenados em garrafas pets. Porém mesmo com tudo isso deu "pane seca" na Falcon do Helder. O cálculo foi feito corretamente e a autonomia seria de 360 km, pois é seria. Isso porque desde a saída de El Calafate pegamos muito vento contrário, o que fez o consumo da Falcon cair de 23 km/litro para cerca de 17 km/litro. A moto parou a exatos 10 km do posto de Piedra Buena. Não teve jeito, não estávamos certos que o combustível da Harley era suficiente para ela mesma mais a Falcon, o Gel seguiu caminho e foi buscar mais 3 litros de combustível para o Helder. Depois da moto reabastecida, seguimos em frente até Caleta.

Em Caleta ficamos no mesmo hotel da ida.

Depois completamos com mais detalhes.

11/01 - São Borja à Curitiba (Adriano)

1047 km rodados.

O dia começou com o pessoal do Hotel resolvendo um grande problema que eu tive ao voltar para o Brasil.
Eu não estava conseguindo sacar dinheiro no Banco do Brasil, devido a uma mudança no procedimento que ocorreu na última semana do ano e eu não queria esperar a agência abrir para tentar resolver o problema, queria sair o mais cedo possível para rodar até Curitiba e ficar um trecho pequeno para o último dia.

O pessoal do Hotel foi 10! Trocaram o restante de pesos que eu tinha (apenas R$ 35,00) e passaram um valor a mais da minha conta no cartão de crédito e me voltaram o troco em dinheiro, R$ 50,00.
Assim eu tinha dinheiro suficiente para todos os pedágios e algum pequeno imprevisto durante a viagem. Gasolina, Hotel e Comida eu conseguiria pagar com cartão facilmente aqui no Brasil.
Mais uma vez, OBRIGADO ao pessoal do Hotel Al-Manara em São Borja.

Voltando à estrada, foi muito mais difícil rodar 1.000 km em um dia aqui no Brasil do que na Argentina. Acredito que diversos motivos levaram a isso.
Aqui no Brasil as estradas passam mais dentro das cidades do que lá, então além da velocidade diminuir nesses trechos, frequentemente exitem radares, lombadas e semáforos.
Outro detalhe é a condição da estrada em si, a BR-116 está muito ruim a pista que vem do sul, acho que vem mais caminhão pesado do que vai, isso detona mais o asfalto e gera dificuldade para os carros e caminhões mais leves fazerem as ultrapassagens.
A estrada com mais subidas, descidas e curvas também atrapalha mais o tráfego dos caminhões, gerando mais acúmulo de carros enfileirados na estrada.
E o mais chato de todos para os motociclistas, a grande quantidade de pedágios, o valor até pequeno para as motos, mas são muitos pedágios, o que atrapalha bastante o rendimento da viagem, é muito tempo perdido em cada parada.

Devido a tudo isso, minha avaliação de que foi mais difícil rodar 1.000 km em um dia no Brasil do que na Argentina.

Dei sorte com o tempo nesse dia, não estava tão quente como na ida e também não choveu, o dia estava abafado mas bem nublado, a falta do sol alivia a temperatura.
Somente quando cheguei em Curitiba, faltando uns 20km pra chegar ao Hotel, começou a chover, foi um trecho bem pequeno de chuva para um dia inteiro de viagem.

O principal motivo que me levou a fazer esse trecho maior e deixar um trecho curto (500 km) para o último dia, foi devido às chuvas que estavam caindo em São Paulo.
Como no último dia eu teria que atravessar São Paulo ou fazer um desvio por Peruíbe/Bertioga, eu queria ter tempo para avaliar a melhor alternativa.

Bom, já estou no hotel e agora só mais um dia de estrada e estou em casa.
Vou acompanhar o noticiário para ver como está a situação em São Paulo e decidir a melhor alternativa para ir embora amanhã.

Para fechar o dia com chave de ouro, vou comer um "espeto corrido" por R$ 12,00 na churrascaria ao lado do Hotel, preço promocional para hóspedes do hotel em dia de semana.

Abraços.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

10/01 - El Calafate - Dia 04 (Gel e Helder)

Acordamos logo as 7:30 da manhã para tentar alugar um carro para irmos para El Chalten. Pois todos as excursões estavam lotadas. Fica aí a dica. Marcar os passeios com dois dias de antecedência.

Infelizmente nenhuma das locadoras tinham a disponibilidade de 2 carros para antes das 9h00 da manhã, pois como são 3 horas de viagem de El Calafate até El Chalten, se saíssemos mais tarde que isso não compensaria, uma vez que teríamos pouco tempo útil pra conhecer El Chalten.

Bom, diante disso fomos procurar outras opções de passeios. A Néia esgotou todas as possíbilidades e o qual pareceu melhor foi uma passeio de 4X4 nos "Balcón de El Calafate". A primeira vista pareceu algo só para preencher o tempo que tínhamos, mas no final das contas foi um passeio explêndido, com paisagens maravilhosas e muita emoção. O "pequeno" 4x4 fez coisas de dar inveja a muitos parques de diversão por aí.

Subimos a até 2700 metros de altura, sempre por uma estradinha de rípio. A subida foi bem gradativa, os sustos eram apenas por estarmos a beira dos precipícios. Já a descida, além de tirarmos fina dos precipícios, o mini 4x4, chegava a descer por estradas de no mínimo 50 graus de inclinação. Coisa de louco!!!! Esse passeio valeu muito a pena.


Dêem uma olhada nas fotos, para ver do que estamos falando.














09/01 - El Calafate - Dia 03 (Gel e Helder)

Hoje aproveitamos o dia para explorar mais a cidade de El Calafate, tirar algumas fotos e deliciar-nos com a excelente culinária. A parillada daqui é muito boa. O cordero patagônico é coisa de louco. E tudo muito bem servido.


Depois de um almoço tão completo só nos restou tirar uma boa siesta.



No final do dia e início da noite saímos para reservar nosso passeio a El Chalten para amanhã, porém em lugar algum conseguimos vagas. Então amanhã pela manhã tentaremos alugar um carro para irmos a El Chalten.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

08/01 - El Calafate - Dia 02 (Gel e Helder)



Hoje, alugamos um carro (o Helder foi de moto) e fomos até Perito Moreno (80 km da cidade), Optamos primeiro por fazer um passeio de barco e olhar bem de perto o glaciar .
É simplesmente indescritível a sensação de estar diante desses paredões de gelo de até 60 metros de altura (um prédio de 20 andares), sua grandiosidade nos impressionou muito.

Depois da navegação, percorremos as passarelas e podemos contemplar os glaciares. O que pudemos fazer de diversos ângulos. Por várias vezes pudemos ouvir os estrondos (parecido com trovões) que vem dos desprendimentos de camadas de gelo dos glaciares.

Fica difícil descrever ou colocar em pequenas imagens a beleza deste lugar! Voltamos à tarde para a cidade e fomos passear as margens do Lago Argentino, que congela no inverno e torna-se uma enorme pista de patinação.

Helder tentou chegar perto dos flamingos para fotografá-los, mas os bichinhos foram mais esperto que ele e bateram em retirada antes que ele se aproximasse.

Preços:
Aluguel de um gol: 288 pesos
Entrada do parque dos glaciares: 70 pesos por pessoa (para Mercosul, o restante é 100 pesos)
Passeio de barco: 50 pesos por pessoa.
Tudo em efectivo. (em dinheiro)



Agora se deliciem-se com as imagens.





















07/01 - El Calafate - Dia 01 (Gel e Helder)

Ficamos "na boa" para descansar um pouco e depois fomos conhecer a cidade, pequena mas muito simpática e agradável, e com um comércio muito bom para comprar "regalos". A cidade só tem 2 postos de gasolina e quando tem gasolina tem fiilllaasss.
Helder continua com um apetite feroz.



Helder atacando seu pedido: "Un cordero patagônico"



Galera apreciando as delícias do Don Pichón










Achamos um restaurante perto do nosso hotel, muito bom, e com bom preços, (recomendamos) o nome é DON PICHON. Só deve tomar cuidado com seu pedido, pois pode tomar um susto quando ele chegar. MUITO GRANDE!!!

06/01 - Ushuaia à El Calafate (Gel e Helder)

Adriano, confessamos que ficamos triste por não tê-lo mais com a gente, mas imprevistos acontecem e o coração as vezes fala bem mais alto que qualquer outra coisa. Desejamos-lhe um bom retorno à sua família. Forte abraço amigo.

Bem, voltando a viagem.

Para Gel e Helder foram 970 Km rodados, sendo então 16 horas de viagem de Ushuaia à El Calafate, já que encostaram as motos às 22h15. Ainda bem que pelo menos o sol ainda estava no horizonte.

Pedimos desculpa, mas hoje não teremos fotos, pois tinhamos uma meta para cumprir. E foi tão dureza que não tivemos tempo de tirar fotos.

10/01 - Campana - São Borja (Adriano)

793 km rodados.


Último dia andando por terras argentinas. O dia começou com a temperatura bem agradável com pouco sol e muitas nuvens no céu, ameaçava ser mais um dia chuvoso, mas não choveu! Peguei apenas uns poucos pingos pela estrada.

Com 40 km rodados, fui parado por um guarda, pediu documentos, seguro mercosul, conferiu tudo e deu boa viagem, assim como muitas outras vezes nessa viagem.

Com mais 200 km rodados, tive uma surpresa. Novamente fui parado, dessa vez haviam 4 guardas, uma verdadeira "quadrilha". Um deles ficava no meio da pista selecionando quem seria parado, me parou e já veio falando que eu cometi 2 infrações e que o outro guarda iria me atender.
As infrações eram ultrapassar em local proibido e em velocidade acima da permitida...
Para começar as infrações foram inventadas, sem fundamentos!
O guarda que me atendeu começou com o papo de que o valor de cada multa seria 400 litros de gasolina, ou seja 800 * 3,29 = 2.632,00 pesos argentinos.
MAS eu poderia pagar diretamente para eles, em dinheiro, que poderiam ser Pesos Argentinos, Pesos Chilenos, Pesos Uruguaios, Dólar ou Real !!! e teria um bom abatimento ficando por apenas 876,00 pesos argentinos as 2 multas !!!
Um absurdo.
Eu já havia passado por situação parecida em 2009 voltando do Atacama, e na ocasião o valor da multa seria 400 pesos e tudo ficou por 20 pesos + 10 reais.
Dessa vez não dei 1 centavo, falei pro guarda que eu estava viajando apenas com Cartão de Crédito pois era mais seguro !!! E falei para ele fazer a multa que eu iria pagar no Banco e recorrer depois (não sei como! hehehee).
Ainda tentou me convencer a ir sacar o dinheiro e voltar para pagar pra eles, eu me fazia de desentendido, insisti em perguntar qual era o procedimento para pagar no banco e recorrer.
Depois de algum tempo, fazendo que não entendia direito o que ele estava falando e a muito contra-gosto, o guarda resolver fazer a multa e me entregou.
Coloquei a multa no bolso e vim embora, sem problemas e sem desembolsar 1 centavo.

Fui embora, confesso que com medo de me barrarem mais para frente.
Eu disse para o guarda que iria embora por Colón (mentira, claro!).
Passei direto e fui embora preocupado de encontrar outros guardas na estrada, quando cheguei a divísa da provincia de Entre Rios com Corrientes, tinha um guarda no meio da pista, mas não estava parando ninguém e também não me parou, então toquei lenha até Santo Tomé um pouco mais tranquilo!

Fiz a saída da Argentina por Santo Tomé / São Boja, recomendação de um outro blog que eu já tinha visto e realmente foi muito tranquila a passagem por essa fronteira! Aprovado!

Fiquei em São Borja em um hotel chamado Al-Manara, recomendo a todos! O pessoal do hotel foi muito gente fina! A garagem do hotel não era coberta e estava começando a chover quando cheguei, ele ofereceram para eu guardar a moto em uma varanda ao lado da recepção! Claro que coloquei lá, show de bola!
E me ajudaram em outro problema também, eu não estava conseguindo sacar dinheiro no Bando do Brasil, pois na última semana do ano mudou a sequêcia de letras que eu usava e eu não lembrava de jeito nenhum!
Ele passaram meu cartão no crédito e me voltaram uma grana para poder pagar os pedágios e usar na estrada!

Hotel Recomendado a todos !!! Al-Manara em São Borja!

Abraços.

domingo, 9 de janeiro de 2011

09/01 - Bahia Blanca à Campana (Adriano)

Após o café da manhã dei um trato na corrente da moto, abasteci e calibrei os pneus, às 8:10 eu estava saindo da cidade.

Acho que durou pouco a lubrificação da corrente, com 15 min de estrada começou o primeiro trecho de chuva que durou uma meia hora, e assim por bom tempo, um pouco de estrada seca e um pouco com chuva.

Apesar da chuva a temperatura estava agradável para andar de moto, isso até faltar uns 150 km pra chegar em Campana, pois o tempo abriu e o calor começou a castigar.

No começo do dia a falta de gasolina nos postos voltou a incomodar, passei por alguns que não tinham e alguns com filas enormes. Ainda bem que a V-Strom tem uma autonomia boa, fui levando até 345 km rodados, quando encontrei um YPF sem muita fila.

Bom, mesmo com essas questões acabei chegando cedo no hotel em Campana, como estou andando sozinho, estou parando poucoe andando na média de 120/130, velocidade bem tranquila e confortável para a V-Strom.

Já abasteci a moto e dei um novo trato na corrente. A moto está pronta pra pegar a estrada amanhã. Devo rodar uns 800 km e já dormir no Brasil, em São Borja.

Estou no restaurante e como essa é a última noite na argentina, o cardápio de despedida vai ser um bom Bife de Chorizo com papa fritas e uma QUILLLLMES 3/4!

Abraços.

sábado, 8 de janeiro de 2011

08/01 - Puerto Madryn à Bahia Blanca (Adriano)

676 km rodados.

Hoje foi mais um dia de MUITO FRIO, mas de poucos ventos e MUITA CHUVA!

Coloquei o telefone pra despertar mais tarde e acordei antes da hora com o barulho dos trovões e da chuva.
Saí do hotel só as 8:30 e fui abastecer a moto.

Nesse trecho teve vários postos sem gasolina e os da beira da estrada que tinham, formavam filas enormes.

Consegui não ficar em nenhuma, novamente abasteci em um Petrobras que só tinha Podium em Sierra Grande e em General Conesa entrei na cidade pra abastecer em um YPF que estava com fila pequena.

Só rodei os últimos 140 km sem chuva.
Cheguei em Bahia Blanca as 17:30, pesquisei 4 hotéis até escolher um, gastei quase uma hora.

Bom amanhã pretendo sair cedo pra ir até Campana, +/- 750 km.
Antes de sair preciso dar um trato na corrente da moto, a chuva a deixou totalmente seca, chegou aqui berrando.

Abraços.

07/01 - Piedrabuena à Puerto Madryn (Adriano)

999 Km rodados

Saí cedo do hotel, às 7:00 hs.
Foi um dia de MUITO FRIO e MUITO VENTO!

O vento castigou o tempo todo, a maior parte do tempo vindo da direita (do mar para o continente).

Mesmo assim não foi um vento tão forte quanto ao que peguei atravessando a cordilheira indo para o Atacama, a unica coisa pior, foi que ele ficou o dia inteiro.

A estrada passa dentro de duas cidade, nisso perde-se um pouco de tempo, Caleta Olivia e Comodoro Rivadavia. Em caleta a fila no posto que tinha Nafta estava grande, toquei direto até Comodoro e abasteci lá.
Nos postos YPF a fila também estava grande, abasteci em um Petrobras que estava sem gasolina Super e só tinha Podium, essa estava bem tranquilo.

Cheguei em Puerto Madryn às 19:00 hs, fiquei no mesmo hotel da ida, dei sorte pois peguei o último quarto disponível e só por 1 noite.
Fora a minha, tinham mais 16 motos no Hotel, somente mais 2 brasileiros, que não encontrei. Os outros eram todos da Europa e estão fazendo um Mega tour pela América.

Bom, como rodei bastante hoje, vou acordar mais tarde amanhã e fazer um trecho mais curto, +/- 640 km até Bahia Blanca.

Abraços.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

06/01 - Ushuaia à El Calafate (e mudança de planos)

803 Km rodados.

Saímos de Ushuaia às 6:00 hs, pois a previsão era de que o dia seria dureza, e foi mesmo!

Na saída de Ushuaia, MUITO frio! Mas estamos bem preparados para isso.

Após 230 km, fizemos uma parada em Rio Grande para abastecer e comer algo, nessa hora começaram alguns pingos de chuva, como já estava muito frio, resolvemos colocar capa de chuva, pois a roupa de cordura apesar de ser impermeável, fica gelada com a chuva.

Rodamos mais um pouco e chegamos na parte de ripio (+/- 120 km) dos quais 80 km foram +/- tranquilo, estava do mesmo jeito que passamos na vinda, mas os outros 40 km estavam MUITO RUIM!
Não entendemos porque, mas passaram uma máquina e as pedras estavam todas soltas, era muito difícil manter a moto em linha reta! Se para mim e para o Helder (V-Strom e Falcon) estava difícil, imaginem para o Gel (Harley)...
Perdemos muito tempo nesse trecho.
As aduanas até que foram rápidas, não podemos reclamar, já pegamos piores.

Bom, nesse trecho da viagem eu vim muito pensativo e decidi por uma mudança de planos...

Eu estou voltando para casa, o Gel e o Helder estão indo para El Calafate.
A saudade apertou e estou voltando um pouco antes do programado.

Com El Calafate vai ficar para uma outra voagem para mim e vou chegar em casa uma semana antes da data original.

As passagens do Uruguai iremos usar em outra oportunidade.

Eu continuarei relatando a minha volta e o Helder e o Gel continuarão relatando o restante da viagem e postando as fotos.

Hoje estou em uma cidadezinha chamada Comandante Luis Piedra Buena.

Gel e Helder, boa viagem para vocês amigos!

Abraços.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

05/01 - Passeio de Barco

Hoje fizemos um passeio de barco que navega pelo Canal de Beagle, o barco pára em 3 ilhas, onde podemos observar leões marinhos, diversos pássaros, o Farol de Ushuaia e por último em uma pinguera.

O passeio é demorado, pois os pontos de paradas são longes um dos outros, ao todo foram 6 horas navegando.

Após o passeio de barco almoçamos e demos uma volta pelo centro da cidade para comprar camisetas e lembrancinhas.

Voltamos para o Hotel e no caso das motos, já arrumamos tudo para sair bem cedo amanhã, saíremos às 6:00 hs em direção à Calafate, a idéia inicial é fazer em 1 dia, mas sabemos que vai ser difícil, pois no caminho vamos ter 2 fronteiras, 120 km de estrada de ripio e a balsa que atravessa o Estreito de Magalhães.
O que mais pode dar problema são as aduanas, se tivermos sorte de não demorar muito, conseguiremos chegar em Calafate no mesmo dia, caso contrário, vamos ter que dormir em alguma cidade no caminho.

Seguem algumas fotos de hoje.

Abraços.














04/01 - Passeio de Moto em Ushuaia

Bom, hoje fizemos um passeio de moto por Ushuaia para conhecer a cidade e saber onde estão as coisas, como no dia anterior chegamos com chuva, então, só nos preocupamos em achar o hotel e descançar, jantamos no hotel mesmo.

Hoje voltamos à entrada da cidade para tirar foto na planca de Bienvenidos, tiramos fotos também na placa tradicional de Ushuaia - Fin del Mundo e da paisagem em geral.

Abastecemos as motos e fizemos uma geral, trocamos o óleo da Harley e da V-Strom, limpamos e lubrificamos a corrente da Falcon e da V-Strom. Nisso o pessoal que veio de avião já estava chegando no Hotel, saímos para dar uma volta na cidade e jantar.

Aproveitamos também para pesquisar o preço dos passeios de barco, pois faríamos no dia seguinte.

Seguem algumas fotos de hoje.

Abraços.








terça-feira, 4 de janeiro de 2011

03/01 - Cerro Sombrero - Chile à Ushuaia - Fin del Mundo

438 Km rodados.

Saímos do Hotel às 8:10, hoje o dia foi dureza!

Para começar logo na saída da cidade começa a estrada de ripio, são 120 km. A estrada até que está em boas condições, na maior parte do tempo dava pra andar a 80/90 km/h, isso para a V-Strom, a Falcon andava fácil a 100 km/h, mas o Gel sofreu um pouco mais com a Harley.

A estrada em si não era o pior, o pior era cruzar com outros carros ou caminhões, dependendo da velocidade de quem cruza, voa pedra pra todo lado, eu tomei uma pedrada abaixo do joelho que está doendo até agora ...
Outro problema era o vento, tinha hora que queria jogar a moto para fora da estrada.

Outra dificuldade desse dia foi o frio, até chegar à aduana argentina já estava muito frio, enquanto fazíamos os procedimentos de entrada na argentina, começou a chover e esfriou mais ainda.

Tocamos em diante mais 70 km após a aduana e paramos para abastecer, comer algo e colocar mais roupa por causa do frio.
Nesse ponto faltava 210 km para chegarmos em Ushuaia, dos quais andamos mais 110 km apenas com muito frio e os outros 100 km com muito frio e chuva!!!

Antes dos últimos 100 km, paramos em um posto e econtramos com um casal de brasileiros de Araraquara que estavam voltando. Eles estavam em uma BMW R 1200RT.

Chegando em Ushuaia tem uma serra muito bonita, mas não deu para tirar fotos pois estava chovendo e o tempo estava fechado, mas conseguimos ver parte da paisagem que é muito bonita!

Bom primeiro destino alcançado!
Agora é conhecer o lugar. Amanhã chegam a Néia, esposa do Gel, Guilherme e Vitor, filhos do Gel e a Renata esposa do Helder.

Abraços.

        Hotel que ficamos em Cerro Sombrero.

        120 km de ripio.


           120 km de ripio.
        Estamos chegando!
       Perto de Ushuaia
        Hotel em Ushuaia.
       Atualizando o blog.